A
comunicação é um grande desafio na relações humanas, e nas empresas está por
trás da maior parte dos problemas. Quantas vezes o famoso "telefone sem
fio" não gerou resultados completamente diferentes da intenção inicial? Ou
quantas vezes alguém, na correria, não esqueceu de passar uma informação sobre
uma mudança em um processo e essa falha não gerou um transtorno para várias
pessoas?
Eu
poderia discorrer sobre os desafios e ruídos da comunicação. Mas quero falar
especificamente sobre a maneira como falamos. Eu acredito fortemente que não
importa o que se fala, mas sim como se fala. Podemos cobrar alguém, nos
comunicando com empatia, educação e inteligência e termos muito sucesso na comunicação,
sendo entendidos e a cobrança ser aceita. Assim como podemos, da maneira errada
elogiar alguém, por exemplo, com o tom de voz equivocado, e sermos mal
interpretados.
Pegue
as duas frases abaixo como exemplo:
1)
É isso, seu cachorro pulguento!
2)
Ok, muito obrigado por isso!
Em
tese, a primeira frase é uma ofensa agressiva e que nunca deveria ser usada. Já
a segunda é um agradecimento que deveria ser bastante praticado quando alguém
faz algo correto.
Mas
a comunicação envolve muito mais que apenas as palavras escolhidas. O corpo
fala. E muitas vezes diz mais do que o que foi verbalizado. Imagine que alguém
do seu time, próximo de você e com quem você tem liberdade para brincar tenha
conseguido um belo resultado. Você o vê de longe, mostra um belo e verdadeiro
sorriso, abre bem os braços e usa a primeira frase "É isso, seu cachorro
pulguento!". Dentro desse contexto, seguramente ele entenderá que foi
elogiado e provavelmente gostará da sua reação.
Segundo
exemplo, você pede para alguém enviar um e-mail com uma orientação sua. Quando
você verifica mais tarde, o e-mail não foi enviado. Você procura a pessoa que
tinha essa responsabilidade, chega com um semblante decepcionado, com
sobrancelhas cerradas, lábios e musculatura contraída. Olha para a pessoa que
não enviou o e-mail e diz "Ok, muito obrigado por isso!". Certamente
ela saberá que você não está nem um pouco feliz.
Percebe
que a maneira como falamos diz mais do que as palavras que usamos? E o que
tenho visto com frequência muito maior são as pessoas usarem mais a linguagem
corporal do segundo exemplo do que a linguagem corporal amena do primeiro caso.
O stress do dia a dia e pressões do trabalho estão nos cegando e muitas vezes
impedindo de termos o autocontrole e inteligência para sermos efetivos na
comunicação.
O
ponto fundamental é, fale com os outros da mesma maneira que gostaria que
falassem com você. Esse é o segredo para que sua comunicação seja mais efetiva
e você melhor percebido. E não se descuide da mensagem que seu corpo está enviando.
Falar de maneira calma, empática e didática, na maior parte das vezes, será a
melhor opção.
Como
disse anteriormente, o que mais importa não é o que se fala, mas como se fala!
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