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domingo, 29 de setembro de 2019

Profissional que não sabe se comunicar, não vai longe na carreira!!

A comunicação é um grande desafio na relações humanas, e nas empresas está por trás da maior parte dos problemas. Quantas vezes o famoso "telefone sem fio" não gerou resultados completamente diferentes da intenção inicial? Ou quantas vezes alguém, na correria, não esqueceu de passar uma informação sobre uma mudança em um processo e essa falha não gerou um transtorno para várias pessoas?

Eu poderia discorrer sobre os desafios e ruídos da comunicação. Mas quero falar especificamente sobre a maneira como falamos. Eu acredito fortemente que não importa o que se fala, mas sim como se fala. Podemos cobrar alguém, nos comunicando com empatia, educação e inteligência e termos muito sucesso na comunicação, sendo entendidos e a cobrança ser aceita. Assim como podemos, da maneira errada elogiar alguém, por exemplo, com o tom de voz equivocado, e sermos mal interpretados.

Pegue as duas frases abaixo como exemplo:

1) É isso, seu cachorro pulguento!
2) Ok, muito obrigado por isso!

Em tese, a primeira frase é uma ofensa agressiva e que nunca deveria ser usada. Já a segunda é um agradecimento que deveria ser bastante praticado quando alguém faz algo correto.

Mas a comunicação envolve muito mais que apenas as palavras escolhidas. O corpo fala. E muitas vezes diz mais do que o que foi verbalizado. Imagine que alguém do seu time, próximo de você e com quem você tem liberdade para brincar tenha conseguido um belo resultado. Você o vê de longe, mostra um belo e verdadeiro sorriso, abre bem os braços e usa a primeira frase "É isso, seu cachorro pulguento!". Dentro desse contexto, seguramente ele entenderá que foi elogiado e provavelmente gostará da sua reação.
Segundo exemplo, você pede para alguém enviar um e-mail com uma orientação sua. Quando você verifica mais tarde, o e-mail não foi enviado. Você procura a pessoa que tinha essa responsabilidade, chega com um semblante decepcionado, com sobrancelhas cerradas, lábios e musculatura contraída. Olha para a pessoa que não enviou o e-mail e diz "Ok, muito obrigado por isso!". Certamente ela saberá que você não está nem um pouco feliz.

Percebe que a maneira como falamos diz mais do que as palavras que usamos? E o que tenho visto com frequência muito maior são as pessoas usarem mais a linguagem corporal do segundo exemplo do que a linguagem corporal amena do primeiro caso. O stress do dia a dia e pressões do trabalho estão nos cegando e muitas vezes impedindo de termos o autocontrole e inteligência para sermos efetivos na comunicação.

O ponto fundamental é, fale com os outros da mesma maneira que gostaria que falassem com você. Esse é o segredo para que sua comunicação seja mais efetiva e você melhor percebido. E não se descuide da mensagem que seu corpo está enviando. Falar de maneira calma, empática e didática, na maior parte das vezes, será a melhor opção.

Como disse anteriormente, o que mais importa não é o que se fala, mas como se fala!

domingo, 15 de setembro de 2019

Interview with... Paula Caamaño | Uma Mulher empreendedora em Pipa

Há cerca de três anos conheci essa incrível mulher. Argentina, mãe de dois filhos, Paula Caamaña entrou no mundo do empreendedorismo há 14 anos, quando resolveu seguir os passos de seus pais, mudando para o Brasil.

Com residência fixa na Praia de Pipa, paraíso do Rio Grande do Norte, a convidei para ser nossa entrevista da semana do ponto Zzero. Nada melhor que começarmos a semana com uma mulher empreendedora, de visão e garra.


PZ – Fale um pouco sua infância e juventude na Argentina e como acabou vindo morar em Pipa.

Em Buenos Aires estudei jornalismo e larguei, estudei produção de TV e cinema e também acabei largando.  Não achava o meu lugar, não conseguia me identificar. A decisão de vir ao Brasil foi porque os meus pais tinham vindo uns anos antes, largaram tudo em Buenos Aires depois de um problema de saúde grave do meu pai. Foi quando numa reunião, em um jantar em família, ele anuncia a decisão: eu vou morar em Pipa! Quem quiser vir comigo vou ficar muito feliz!

PZ – O que motivou seus pais a virem para o Brasil?

A vida da cidade grande, o estresse pode aparentar normal na rotina. Mas quando o resultado é terminar em uma cama de hospital com infarto, você consegue olhar de outro ângulo. Foi o que o meu pai fez.

Um amigo dele tinha um restaurante na praia de Pipa e falava maravilhas! A gente vinha ao Brasil todo ano! Só tenho lembranças maravilhosas de minhas férias no Brasil na infância. (Florianópolis!!!).

O que meu pai fazia de hobbie na Argentina era comprar e vender carros, ele adorava! Trocou esse hobbie no Brasil , mas por terrenos.
Ele sempre foi empreendedor e pioneiro em tudo q fazia. Não tinha medo de nada e sempre tinha seus admiradores pelo jeito que conseguia chegar nas pessoas e por fazer ótimos negócios.


PZ – Qual a participação de sua mãe no processo de mudança?

Minha mãe na Argentina teve uma marca de roupa famosa para crianças. Era tantas coisas fofas! A empresa cresceu, funcionários, correria, costureiras, lojas ligando! Ela terminou cansando. Amante da fotografia, artista e decoradora de interiores, resolveu focar mais no que gostava.

Ela e meu pai, entraram no mundo da construção. Oh que beleza! Construíram juntos a belíssima e conhecida Pousada Tartaruga no centro de Pipa.

Deu muito certo, eles amaram o processo e batalharam entre aprender o idioma com os pedreiros, rsrsrs, enquanto supervisionavam a subidas das paredes de tijolos embaixo do sol quente.

Pouco tempo depois de brincar de comprar e vender terrenos, se capitalizaram para conseguir construir o famoso centro comercial Vila Mangueira também no centro de Pipa, ponto de referência da cidade e ponto obrigatório de uma fotinho na escada. Com os melhores drinks da cidade do Bar Nativos. O espaço parece uma mini Grecia, charmosa  e elegante. Meu pai caprichou no projeto, e minha mãe nas boas ideias e ambientação.

PZ – Qual a nacionalidade de seus dois filhos?

Tenho 2 filhos nascidos em Natal, meus 2 potiguares! E infelizmente em breve terei que migrar para uma cidade maior a procura de uma escola para a idade da minha filha de 14 anos.


PZ – Quando chegou em Pipa, qual foi seu primeiro investimento?

Quando eu cheguei ao Brasil a pousada já estava em pleno funcionamento e foi meu maior aprendizado trabalhar na recepção onde aprendi tanta coisa! Primeiramente a falar e escrever bem o português, a tratar com clientes, a perder a vergonha e a me divertir trabalhando.

Eu abri uma loja de roupas de criança em Pipa, mas não durou muito tempo. Apenas um ano. Tinha que buscar os tecidos em Caruaru a 350kms e as minhas costureiras a 50kms. Quando chegava, só tinha um vestido pronto! Era um custo muito alto e não deu o retorno esperado.

PZ – Seu pai foi uma pessoa muito querida em Pipa.

Quando meu pai faleceu parece que Pipa ficou de luto, tinha tantos seres queridos, todo mundo gostava dele, ele tratava todo mundo com carinho, respeito e nunca perdia uma brincadeira!

Sempre admirei meus pais, aprendi muito com eles. Eles me deixaram um legado muito forte, o da área da construção, que sou completamente apaixonada.

Tempo depois do falecimento de meu pai consegui construir a minha própria casa, trabalhando duro pra caramba! Não tinha nem pedreiros, eram tipo ajudante do ajudante que vinha lá do sertão! Foi ai que aprendi mesmo! Ainda na dificuldade de ser mulher no meio de homens machistas. Foi um desafio.

Na época eu estava com o pai do meu filho que é arquiteto, e que me ajudou a evoluir nos trabalhos.

Minha casa ficou linda e super diferente! Uma ponte unindo os quartos para a sala e cozinha. Um charme. Já vendi. Mas fiquei com uma dor no coração. Eu precisava evoluir. Entretanto, tenho mais projetos pela frente.


PZ – Quais outros empreendimentos você chegou a desenvolver?

Abri uma pequena imobiliária, onde era a funcionaria e ao mesmo tempo a chefe. Corri atrás de clientes, imóveis e tentar ganhar a confiança dos clientes e investidores. As redes sociais ajudaram muito. Só que quando o negócio começou a crescer, engravidei do meu segundo filho. Uma gravidez de risco, o que me forçou a deixar o trabalho em segundo plano.

Serviu para fazer bons contatos que uso até hoje. Não estou praticamente na ativa. Não tenho tempo. Foi bem interessante criar tudo sozinha. Correr atrás de tudo. Fiquei muito orgulhosa de mim mesma com isso. Ninguém me ensinou nada, tive a necessidade e entrei de cabeça. Na hora de conversar com novos clientes só lembrava do meu pai e tentava transmitir confiança, e deu certo!

Passou mais um tempinho e fiz uma parceria com o meu tio, irmão do meu pai, que mora na Argentina. Construi duas casas lindas e aconchegantes. Foi um mega trabalho, e acabei gastando mil % a mais do orçamento. kkkk

PZ – Após o falecimento de seu pai, vocês continuaram com a Pousada Tartaruga?

Um tempo depois a gente resolveu vender a Pousada Tartaruga. Discutimos isso durante anos com a minha família. Foi a decisão mais difícil a ser tomada, porem, acertada.

Minha mãe, irmã e eu seguimos rumos diferentes de investimentos.

Eu já estava com muita sede de voltar a construir! E no dia seguinte que fechamos negócio, fui comprar um terreno que estava apaixonada e já comecei o meu novo projeto!

Está na fase final de obra. São dois lofts e duas casas. Os lofts já estão alugados e as casas para ser entregues.


PZ – Algo mais em mente?

No momento, estou iniciando um novo projeto de ponto comercial, mas ainda é top Secret! Mas, os negócios vão continuar em Pipa!

PZ – Viver em Pipa...

Todo mundo fala que tem um imã aqui! Você vem de bobeira, fica grudado e não consegue mais ir embora! Aqui e tudo muito diferente do que a minha família e eu acostumamos viver e ter em Buenos Aires.

PZ – Pretende voltar a morar na Argentina?

Morávamos em num bairro da classe alta em Bueno Aires. freqüentávamos escolas chicks, tínhamos status, praticamente uma princiesa. Acho que minha família e eu precisamos vir morar em Pipa como forma de evolução espiritual. Aprender coisas novas e se adaptar num ambiente extremadamente diferente, ter desafios e vivências diferentes. No começo é um pouco assustador, mas agora amo morar aqui. O calor das pessoas, a simplicidade, o carisma, as paisagens!! E claro, bons negócios, porque Pipa ainda é ótimo para investir. O retorno é muito bom.


Agora Buenos Aires só de férias!

sábado, 7 de setembro de 2019

O Som e a Sílaba | Espetáculo com direção de Miguel Falabella

“A grande beleza da aventura humana é a singularidade da mente.”

A premiada comédia musical de Miguel Falabella, “O Som e a Sílaba”, chega pela primeira vez a Natal. No dia 17 de setembro, o público poderá se divertir e se emocionar no Teatro Riachuelo Natal.

O espetáculo, vencedor de 5 estatuetas e com 23 indicações nas principais premiações do país, conta com texto e direção de Miguel Falabella e foi especialmente concebido para Alessandra Maestrini e Mirna Rubim viverem na pele as duas personagens principais.

Com diálogos e situações divertidas entre duas pessoas de universos tão distintos, acaba nascendo das diferenças uma cumplicidade; uma transforma a vida da outra, até que o público se pergunta: quem, de fato, está ensinando a quem? Venha se emocionar!