Nenhum relacionamento é um “mar de rosas” e quem namora ou já é
casado sabe bem disso! Vez ou outra uma pequena discussão surge, pelos mais
variados assuntos, podendo até desencadear uma briga maior. E isso ocorre
independentemente do tempo que a mulher e o homem estão juntos, por mais que
eles se amem e, conscientemente, não desejem, de maneira alguma, ficar brigados
um com o outro!
A dificuldade de comunicação
e problemas com autoestima são os maiores desafios, não só de casais, mas de
qualquer relação. Entre duas pessoas que se relacionam de maneira mais íntima,
estes desafios ficam ainda mais evidentes. Por isso, podem ser considerados as
principais causas de brigas entre casais.
É difícil generalizar, já
que cada casal possui suas particularidades, mas, deixando de lado as histórias
pessoais, o tempo de relacionamento de cada um, entre outros pontos, existem
alguns assuntos conflituosos que geram discussões entre a maioria dos casais.
Abaixo você confere quais são eles, bem como dicas de como evitar que temas se
transformem em uma grande briga:
1.
Brigas por ciúmes
Há quem defenda que uma
pitada de ciúme pode apimentar a relação. Muitas pessoas acreditam ainda que
cenas de ciúmes nada mais são do que demonstrações de amor… Porém, qual é o
limite para isso? Até que ponto é saudável querer saber tudo sobre a vida do
parceiro? A partir de que momento a preocupação com as atitudes dele passa a
ser obsessiva, prejudicando o relacionamento?
A verdade é que existe uma
linha tênue entre ciúme e possessão, o que leva muitos casais a discutirem com
frequência, por motivos variados: ele não aprova a roupa usada pela namorada;
ela questiona de quem são as ligações que o namorado recebeu no celular; um
deseja acessar as redes sociais do outro a fim de ver se não “há nada suspeito” etc.
Sim, a maioria das pessoas
concorda que um “ciumezinho” faz até
bem para a relação, é sinal de afeto, cuidado. Mas, quando o homem ou mulher a
passam a querer controlar demais a vida do outro, julgando ter direito a isso,
a situação complica e o relacionamento tende a ficar cada vez mais difícil.
A melhor maneira de trabalhar
o ciúme é cuidar da própria autoestima. Quando ele passa a prejudicar demais o
casal e a relação, o ideal é buscar auxílio terapêutico. Um exercício para quem
sente ciúme é buscar trazer o referencial de volta a si mesmo, toda vez que a
cabeça começa a pensar no outro, a decidir como vai agir em função do outro. É
importante refletir se vale a pena continuar dessa maneira.
Outra opção para quem sente
bastante ciúme é buscar atividades que ajudem a fortalecer a autoestima, o que
não significa apenas cuidar da beleza física, mas também se refere a cuidados
emocionais, mentais e espirituais, como um bom livro.
2.
Brigas por causa das amizades do outro
Não são raros os casos de
mulheres que reclamam dos amigos do namorado, e nem de homens que se incomodam
com as atitudes de algumas amigas da namorada.
Frases como “seus amigos são uns idiotas e ficam te
chamando para sair todo dia”, “suas
amigas não gostam de mim e fazem de tudo para que a gente se afaste”, “você prefere sair com eles do que estar
comigo”, “você dá mais atenção para
elas do que para mim”, entre outras acusações, são comuns entre alguns
casais e geram brigas constantes entre eles.
Mas, como resolver o
problema? A orientação principal é respeitar a opinião do outro! Em vez de
criticar o comportamento e as atitudes de um amigo do seu namorado, por
exemplo, tente pensar nos bons motivos que fizeram os dois serem grandes
amigos. Reflita uma, duas, até três vezes antes de iniciar uma discussão sobre
isso. Lembre-se que você também tem suas amigas e, provavelmente, não gostaria
de ouvir seu parceiro falar mal delas o tempo todo.
É preciso ter em mente que a
pessoa com quem você namora ou é casada, antes de ser “o namorado” ou “o marido”,
é alguém que precisa ter sua individualidade respeitada, que tem suas próprias
opiniões, gostos e liberdade para escolher o tipo de amizade que gosta de
ter/preservar.
E a recíproca é verdadeira:
você também deve ter sua individualidade, manter amizade com pessoas que são
importantes para você e tentar dialogar da melhor maneira possível, sem brigas,
caso seu parceiro insista em falar mal de suas amigas.
3.
Brigas por causa de dinheiro
Uma pesquisa realizada pela
psicóloga e professora da Universidade de Michigan (EUA), Terri Orbuch, e divulgada em 2012, apontou o dinheiro como
principal motivo de conflitos entre os casais. A profissional acompanhou 373
recém-casados (no primeiro ano de casamento), coletando informações ao longo de
25 anos. No estudo, 49% das pessoas divorciadas contaram que brigavam muito com
seus parceiros por causa de perfis econômicos diferentes e de mentiras sobre os
gastos.
É fato que, a partir do
momento que duas pessoas escolhem viver juntas (se casando ou, simplesmente,
passando a morar na mesma casa), assuntos como “gastos”, “possíveis economias”,
“divisões das despesas”, entre
outros, sejam conversados com frequência. O segredo para que esses temas não se
transformem em uma verdadeira discussão é manter um bom diálogo, onde homem e
mulher tenham a sua vez para falar e, também, reservem um momento para parar e
ouvir o outro.
Mas é verdade que as
discussões por causa de dinheiro podem começar quando o homem e a mulher ainda
são um casal de namorados. Isso porque cada pessoa pensa de um jeito: algumas
consideram importante economizar e deixar sempre um dinheirinho guardado para “o futuro”; outras defendem que o
dinheiro deve ser utilizado para viagens, passeios, desejos pessoais…
E assim, quando duas pessoas
passam boa parte do tempo juntas (como é o caso de namorados), assuntos como
esse certamente vem à tona, muitas vezes, causando desentendimentos.
Mas, independentemente de
serem casados ou só namorados, é fundamental que os casais saibam dialogar de
forma civilizada, estejam dispostos a ouvir e até a “negociar”, para que as decisões que envolvem dinheiro sejam tomadas
da melhor maneira possível. E, claro, para que brigas deste tipo sejam
evitadas.
4.
Brigas por “falta de atenção”
Em determinada fase do
relacionamento (seja namoro, seja casamento), a mulher ou o homem podem se
sentir incomodados com aquilo que consideram “falta de atenção” por parte do(a) parceiro(a).
Às vezes, a reclamação é até
sem fundamento e a pessoa que está recebendo essa “acusação” sente-se no direito de se defender, o que pode acabar
gerando uma discussão e até uma briga mais séria.
Em outros casos, a queixa
pode até fazer algum sentido e, é a partir deste momento, que o casal deve
sentar para conversar de forma civilizada sobre o assunto, evitando que ele se
torne uma verdadeira discussão.
É muito importante que você
fale com o seu namorado ou marido caso considere que algo na relação de vocês
não está bem. Mas é fundamental que essa conversa ocorra de maneira civilizada,
sem ofensas, para que tudo possa, de fato, ser resolvido da melhor maneira
possível.
Como
“fugir” das principais brigas que ocorrem entre um casal?
Vale reforçar que nenhum
casal é igual a outro. Mas, de forma geral, a maioria dos conflitos citados
acima – considerados, também, de maneira generalizada – pode ser evitada caso
exista um bom diálogo entre o homem e a mulher.
Brigar demais, de fato, não
é saudável, mas a ausência de brigas pode ser tão nociva quanto o excesso. Fugir
das brigas sempre não é algo positivo, pois, geralmente, significa só adiar e
aumentar a qualidade negativa do que precisa ser encarado. As brigas nos
mostram que há algo a ser harmonizado na relação, assim como uma dor no corpo
mostra que há algo precisa ser curado. Às vezes é a própria atitude ‘briguenta’
que precisa ser trabalhada.
As brigas são saudáveis e até
necessárias, pois fazem parte das relações humanas vivenciadas hoje. Porém, não
precisamos de desrespeito, agressividade, dissimulação, manipulação, rancor,
mágoa e qualquer outra coisa do gênero ao discutir. Aprender a discutir, e até
brigar, de forma construtiva, com o interesse maior em fazer a relação dar
certo acima de tudo é uma grande dica para nos relacionarmos de forma mais
harmoniosa. Para evitar um briga desnecessária pergunte-se: qual atitude
demonstraria da melhor forma minha real vontade de fazer o relacionamento dar
certo?
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