O
iconoclasta austríaco Gustav Klimt
(1861 - 1918) triunfou sobre a pobreza quando era criança para influenciar de
forma importante os movimentos Art
Nouveau e Secessão de Viena. Os
trabalhos elaborados e explicitamente sexuais de Klimt expressavam temas de regeneração, amor e morte, e
incorporavam estilos egípcios, grego clássicos, bizantinos e medievais. Klimt também utilizava símbolos
representando a liberação da arte da cultura tradicional. Criando as bases para
a Arte Deco e o Modernismo, a influência criativa de Klimt ainda pode ser vista na arte, decoração e joalheria
atualmente.
O Beijo poder ser considera a obra ocidental de maior sucesso:
em todo o tipo de produtos que se possa imaginar já estamparam afigura do casal
se beijando. No entanto, o sucesso pode ser o maior problema da obra, que tem
sua imagem desgastada pela mídia. Contudo, O
Beijo ainda é uma obra repleta de mistérios para todos.
Gustav Klimt (1862-1918) e seus amigos haviam rompido com a Secessão de Arte de Viena, e
organizaram a Kunstschau em maio de
1908, onde O Beijo foi exposto pela
primeira vez ao público. Apesar das críticas a exposição, a obra foi
imediatamente adquirida pela coleção nacional austríaca. Klimt já era o mais celebre pintor vienense e a cidade nesse
período era prospera e cosmopolita e capital do Império Austro-Húngaro.
Na
cena, casal se encontra a beira de uma cama formada por flores e atrás dos
amantes apenas um vazio salpicado em ouro. O mundo deles não é o nosso, é o
mundo de fantasia e da intimidade. O
Beijo é uma pintura intensamente erótica e apaixonante. A obra é o maior
exemplo da fixação pelo sexo que Klimt possuía,
pois a imagem do casal unido é gera um elemento fálico. Contudo, o momento
eternizado.
Essa
foi a última obra do Período Dourado de
Klimt e o maior representante da técnica e capacidade criativa do artista.
A paixão pelo dourado vem desde infância com seu pai ouvires, com quem aprendeu
a trabalhar com o ouro, mas foi após uma viagem a cidade de Ravenna na Itália
que seu interesse intensificou-se. Lá ele conheceu os mosaicos bizantinos da Igreja de San Vitale repletos de
trabalhos em dourado, que iriam inspira-lo por muitos anos.
A
tela passou por diversas mudanças. A cama de flores foi terminada
posteriormente e as flores na alça do vestido foram acrescentadas mais tarde e
os pés foram alongados. O vestido ficou mais justo, deixando seu corpo mais
delineado e conferindo uma silhueta mais sensual.
Alguns
críticos de arte, não veem a pintura como uma representação romântica. Afinal,
apenas o homem está beijando. As mãos da mulher parecem tentar afasta-lo,
enquanto ele a segura com as duas mãos sem ela entregar-se. Outros estudiosos,
vão além e conjecturam que a mulher esteja morta e sua cabeça decapitada,
devido ao posicionamento no quadro. Porém, a idealização da imagem é livre para
todos que se apaixonam por esta obra-prima de Klimt.
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