O
ciúme doentio é um sentimento profundo e intenso que muitas pessoas
experimentam em um relacionamento. Muitos sofrem com este sentimento, se sentem
perdido e descontrolado, pois a percepção e a autoestima fica comprometida.
Sofrer
por ciúme não é fácil e deixar de sentir isso é ainda mais difícil para quem
está vivenciando esta situação, pois não encontra saídas, muitas vezes sabe que
o que percebe, o que vê e o que o outro fala não transmite segurança,
alimentando um círculo vicioso que parece nunca ter fim.
O
ciúme doentio provoca muito sofrimento e até comportamentos perigosos, quer
seja pela impulsividade do ciumento em querer resolver as coisas de forma
extremada, quer seja pela incapacidade do ciumento de conseguir se conter, se
controlar e de enxergar a situação de maneira menos negativa.
O
ciúme patológico ou ciúme doentio por muitas vezes aparece na mídia, jornais,
revistas, TVs, em noticiários de suicídio ou assassinatos provocados por
pessoas que vivenciaram situações tão desesperadoras que a única forma que
encontraram para sair desta situação foram estes atos.
Uma
das formas de se conseguir entender o porquê ocorreu este sentimento no
relacionamento é fazer um retrospectiva de situações que foram dando corpo a
este ciúme e a partir desta reflexão associar a própria valorização pessoal com
estes acontecimentos.
O
principal combustível do ciúme doentio é a própria insegurança de quem vivencia
a situação. Mesmo que a situação de ciúme esteja sustentada por uma real
traição do outro, vivenciar o ciúme, sofrer com a situação e perdurar neste
sofrimento está diretamente relacionado com aquilo que você quer, deseja e
espera do relacionamento.
Quando
ocorre uma real traição, a pessoa traída precisa se rever na situação,
refazendo suas expectativas e reavaliando sua posição neste relacionamento.
Estando
com a autoestima elevada, valorizando-se pessoalmente, a pessoa pode em
qualquer momento da relação repensar se ainda vale a pena o investimento no
outro, se ainda vale a pena reconstruir o que foi destruído e se ainda vale a
pena perdoar ou ser perdoado para que se refaça a partir de uma situação tão
delicada.
Se,
ao contrário, a pessoa estiver com a autoestima rebaixada, sentindo-se
inferior, rejeitada, trocada ou menosprezada, provavelmente terá mais
dificuldade de repensar, de se reposicionar e de entender suas próprias
expectativas, o que pode gerar um sentimento de querer lutar por algo que não
sente forças, de querer descobrir ainda mais, de sofrer ainda mais numa
penitência que não vale a pena.
A
busca pelo atendimento psicológico, a ajuda de um profissional, pode facilitar
este processo, permitindo que a pessoa de revalorize, perceba que é merecedora
da retribuição de sua capacidade de amar.
Sofrer
por ciúme é sofrer pela própria insegurança. Nossa felicidade nunca está nas
mãos do outro, nós podemos fazer nossa felicidade e podemos construir relações
merecedoras de nosso amor.
Amar
demais não é problema, amar e não ser correspondido provoca insegurança, a
insegurança diminui nossa autoestima e nos deixa vulnerável.
Se
conhecer, se reconhecer, se sentir merecedor de algo bom, poder compartilhar
nossa capacidade de amar é saudável e requer principalmente nossa atenção para isso.