Total de visualizações de página

terça-feira, 28 de junho de 2016

Ciúme doentio: Como aprender a controlar este sentimento e reconhecer a força interna para se superar em um relacionamento

O ciúme doentio é um sentimento profundo e intenso que muitas pessoas experimentam em um relacionamento. Muitos sofrem com este sentimento, se sentem perdido e descontrolado, pois a percepção e a autoestima fica comprometida.

Sofrer por ciúme não é fácil e deixar de sentir isso é ainda mais difícil para quem está vivenciando esta situação, pois não encontra saídas, muitas vezes sabe que o que percebe, o que vê e o que o outro fala não transmite segurança, alimentando um círculo vicioso que parece nunca ter fim.

O ciúme doentio provoca muito sofrimento e até comportamentos perigosos, quer seja pela impulsividade do ciumento em querer resolver as coisas de forma extremada, quer seja pela incapacidade do ciumento de conseguir se conter, se controlar e de enxergar a situação de maneira menos negativa.

O ciúme patológico ou ciúme doentio por muitas vezes aparece na mídia, jornais, revistas, TVs, em noticiários de suicídio ou assassinatos provocados por pessoas que vivenciaram situações tão desesperadoras que a única forma que encontraram para sair desta situação foram estes atos.

Uma das formas de se conseguir entender o porquê ocorreu este sentimento no relacionamento é fazer um retrospectiva de situações que foram dando corpo a este ciúme e a partir desta reflexão associar a própria valorização pessoal com estes acontecimentos.

O principal combustível do ciúme doentio é a própria insegurança de quem vivencia a situação. Mesmo que a situação de ciúme esteja sustentada por uma real traição do outro, vivenciar o ciúme, sofrer com a situação e perdurar neste sofrimento está diretamente relacionado com aquilo que você quer, deseja e espera do relacionamento.

Quando ocorre uma real traição, a pessoa traída precisa se rever na situação, refazendo suas expectativas e reavaliando sua posição neste relacionamento.

Estando com a autoestima elevada, valorizando-se pessoalmente, a pessoa pode em qualquer momento da relação repensar se ainda vale a pena o investimento no outro, se ainda vale a pena reconstruir o que foi destruído e se ainda vale a pena perdoar ou ser perdoado para que se refaça a partir de uma situação tão delicada.

Se, ao contrário, a pessoa estiver com a autoestima rebaixada, sentindo-se inferior, rejeitada, trocada ou menosprezada, provavelmente terá mais dificuldade de repensar, de se reposicionar e de entender suas próprias expectativas, o que pode gerar um sentimento de querer lutar por algo que não sente forças, de querer descobrir ainda mais, de sofrer ainda mais numa penitência que não vale a pena.

A busca pelo atendimento psicológico, a ajuda de um profissional, pode facilitar este processo, permitindo que a pessoa de revalorize, perceba que é merecedora da retribuição de sua capacidade de amar.

Sofrer por ciúme é sofrer pela própria insegurança. Nossa felicidade nunca está nas mãos do outro, nós podemos fazer nossa felicidade e podemos construir relações merecedoras de nosso amor.

Amar demais não é problema, amar e não ser correspondido provoca insegurança, a insegurança diminui nossa autoestima e nos deixa vulnerável.

Se conhecer, se reconhecer, se sentir merecedor de algo bom, poder compartilhar nossa capacidade de amar é saudável e requer principalmente nossa atenção para isso.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Basílica de Santa Sofia

A Basílica de Santa Sofia é uma das mais importantes construções do Império Bizantino.

Entre os anos 532 e 537, foi construído um grande edifício para ser a catedral de Constantinopla. A construção, promovida pelo Império Bizantino, seria a base de uma das mais famosas basílicas do mundo atual. Na ocasião, o templo religioso foi erigido no local onde já havia uma grande construção em relação às outras igrejas. No mesmo local levantou-se uma basílica de grandes proporções nomeada de Santa Sofia.

A Basílica de Santa Sofia passou por três fases em sua história. A primeira foi anexando a primeira grande construção de onde se encontra. A segunda foi uma reformulação encomendada por Teodósio II em 415, mas que foi destruída em grande parte por causa de um incêndio. A reformulação que desta vez se fez necessária gerou a construção que conhecemos hoje. O imperador Justiniano I ordenou a reestruturação da basílica logo após o incêndio, só que providenciando uma basílica muito maior e mais majestosa em relação às anteriores.

Desde sua primeira versão, em 360, até 1453, a Basílica de Santa Sofia, também chamada de Hagia Sofia, foi utilizada pela Igreja Ortodoxa Bizantina. Entre 1204 e 1261, contudo, ela foi ocupada pelos religiosos latinos e transformada em um templo do Patriarcado Latino de Constantinopla, do catolicismo romano. Após 1453, a Basílica de Santa Sofia foi conquistada pela expansão islâmica e tornou-se uma mesquita muçulmana. O domínio islâmico no Oriente manteve a basílica como mesquita até 1931, quando foi secularizada e transformada em um museu.

O nome da basílica é uma transliteração fonética da palavra grega sabedoria. Assim, o nome completo da basílica, na verdade, é Igreja da Santa Sabedoria de Deus. A construção é mundialmente famosa não só por sua bagagem histórica, mas também por sua arquitetura de destaque. Um projeto do médico Isidoro de Mileto e do matemático Antêmio de Trales, ambos gregos. Possui uma enorme cúpula que é considerada um marco da arquitetura. Durante quase mil anos foi a maior catedral do mundo, perdendo o reinado apenas para a Catedral de Sevilha em 1520.

A Basílica de Santa Sofia possui um patrimônio cultural riquíssimo, testemunho de várias fases da história. Muita coisa se perdeu na revolta civil que destruiu parte da primeira versão da basílica e no incêndio que forçou a construção da forma definitiva. A basílica abrigou a Igreja Ortodoxa por quase mil anos, até se iniciar o Cisma do Oriente, em 1054, que dura até hoje. Quatrocentos anos mais tarde, o Império Otomano conquistou Constantinopla removendo ou cobrindo grande parte do patrimônio e sobrepujando com marcas da cultura islâmica. Com quase cinco séculos de domínio islâmico, Kemal Atatürk determinou que a basílica fosse aberta ao público como museu secular, abrigando e exibindo sua rica história.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O Beijo de Gustav Klimt

O iconoclasta austríaco Gustav Klimt (1861 - 1918) triunfou sobre a pobreza quando era criança para influenciar de forma importante os movimentos Art Nouveau e Secessão de Viena. Os trabalhos elaborados e explicitamente sexuais de Klimt expressavam temas de regeneração, amor e morte, e incorporavam estilos egípcios, grego clássicos, bizantinos e medievais. Klimt também utilizava símbolos representando a liberação da arte da cultura tradicional. Criando as bases para a Arte Deco e o Modernismo, a influência criativa de Klimt ainda pode ser vista na arte, decoração e joalheria atualmente.

O Beijo poder ser considera a obra ocidental de maior sucesso: em todo o tipo de produtos que se possa imaginar já estamparam afigura do casal se beijando. No entanto, o sucesso pode ser o maior problema da obra, que tem sua imagem desgastada pela mídia. Contudo, O Beijo ainda é uma obra repleta de mistérios para todos.

Gustav Klimt (1862-1918) e seus amigos haviam rompido com a Secessão de Arte de Viena, e organizaram a Kunstschau em maio de 1908, onde O Beijo foi exposto pela primeira vez ao público. Apesar das críticas a exposição, a obra foi imediatamente adquirida pela coleção nacional austríaca. Klimt já era o mais celebre pintor vienense e a cidade nesse período era prospera e cosmopolita e capital do Império Austro-Húngaro.

Na cena, casal se encontra a beira de uma cama formada por flores e atrás dos amantes apenas um vazio salpicado em ouro. O mundo deles não é o nosso, é o mundo de fantasia e da intimidade. O Beijo é uma pintura intensamente erótica e apaixonante. A obra é o maior exemplo da fixação pelo sexo que Klimt possuía, pois a imagem do casal unido é gera um elemento fálico. Contudo, o momento eternizado.

Essa foi a última obra do Período Dourado de Klimt e o maior representante da técnica e capacidade criativa do artista. A paixão pelo dourado vem desde infância com seu pai ouvires, com quem aprendeu a trabalhar com o ouro, mas foi após uma viagem a cidade de Ravenna na Itália que seu interesse intensificou-se. Lá ele conheceu os mosaicos bizantinos da Igreja de San Vitale repletos de trabalhos em dourado, que iriam inspira-lo por muitos anos.

A tela passou por diversas mudanças. A cama de flores foi terminada posteriormente e as flores na alça do vestido foram acrescentadas mais tarde e os pés foram alongados. O vestido ficou mais justo, deixando seu corpo mais delineado e conferindo uma silhueta mais sensual.

Alguns críticos de arte, não veem a pintura como uma representação romântica. Afinal, apenas o homem está beijando. As mãos da mulher parecem tentar afasta-lo, enquanto ele a segura com as duas mãos sem ela entregar-se. Outros estudiosos, vão além e conjecturam que a mulher esteja morta e sua cabeça decapitada, devido ao posicionamento no quadro. Porém, a idealização da imagem é livre para todos que se apaixonam por esta obra-prima de Klimt.

Os médicos da peste negra medieval

Os médicos medievais se vestiam assim durante as crises da Peste Negra (Bubônica).

Em geral não era uma função prestigiosa e poucas pessoas se dispunham ou se habilitavam a exercer. Utilizavam capas, chapéus, luvas e instrumentos com cabos longos para limitar ao máximo os contatos com os doentes. Seus métodos de tratamento não eram caracterizados pela eficiência nos resultados.

Eles utilizavam essa máscara pois acreditavam que a praga se espalhava pelo ar, através de uma "nuvem tóxica" que chamavam de Miasma. Como podem ver, a máscara tem um formato de cabeça de ave e onde seria o bico era colocado vários tipos de especiarias, perfumes e pétalas de flores, como se fosse um filtro respirador, para impedir que o miasma entrasse na máscara.

O Miasma continha, segundo o que se acreditava na época, todas as pragas que atingiam o ser humano, por isso a utilização de máscaras e grandes túnicas negras, para que o médico pudesse se aproximar do paciente sem ser contaminado. A Teoria do Miasma sempre esteve presente no popular europeu, tanto que, durante o Século XVIII, os nobres e a grande burguesia francesa não gostavam de morar ou ficar muito tempo em Paris ou em outro centro urbano francês, devido ao "miasma que a plebe exalava".

Um retrato fiel da ilustração retratada pode ser encontrado no jogo Assassins Creed II, que se passa na Europa durante a Renascença, no fim da Idade Medieval.