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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

2014 FOI UM BALDE DE ÁGUA FRIA!

No início de cada ano. É sempre tempo de balanço do anterior. Foi bom ou mau? Foi assim, assado! Sei lá. Foi um ano em que levei um balde de água fria. Por quê? Porque de um ano que poderia ser normal tornou-se num ano cheio de casos mirabolantes que não estava à espera, como o aumento da violência e assassinatos no Estado do Rio Grande do Norte, a prisão de grande parte dos gestores da Petrobras por corrupção, uma eleição presidencial dividida, repleta de escândalos, acusações e gastos não explicados.

Além disso, começo a constatar que cada vez mais a minha alma brazuca está entregue a um Estado chinês. Falta vender a cultura ou a língua?

A limpeza “urgente” do meu grupo de “amigos” e mudança de velhos hábitos, a subida dos juros, do preço da gasolina, a pequenina recuperação da economia brasileira que passou despercebida em meio a tantos assaltos aos cofres públicos. Claro que tudo isso não foi tão chocante quanto aos outros fatos que vieram depois do mês de Agosto.

Não posso esquecer que foi em 2014 que entrei pela primeira vez no Hospital Espiritual Frei Fabiano de Cristo, além de conhecer um grupo de pessoas que hoje faz parte do meu novo ciclo de amizades. Também passei a me interessar pela doutrina Espirita e estuda-la para minha reforma moral e espiritual.

2015 começou bem, mas já teve seus atropelos, principalmente no meu ambiente familiar quase sempre conturbado. Quem não tem alguém na família que costuma complicar e dramatizar tudo?

Em todo caso, espero que o ano de 2015 seja melhor que 2013 e 2014. Entendo que estamos vivendo em meio a várias crises, inclusive institucional e que isso poderá durar alguns anos. Tentarei não me abalar com esses fatos.

domingo, 11 de janeiro de 2015

PORQUÊ JE SUIS CHARLIE?


No calor dos momentos, em que sentimos o perigo e o horror perto de nós, assim como, os atentados aos valores que tanto queremos na vida, leva-nos às afirmações mais sentimentais e revoltadas como forma de defesa daquilo que somos. O atentado em França contra o jornal Charlie Hebdo revoltou muita gente por esse mundo fora e, por isso, muitos assumiram a frase "Je suis Charlie". Quando vi a faixa negra em muitos perfis do Facebook parei para pensar se também deveria substituir a minha imagem por aquela palavra de ordem. Preferi antes partilhar no meu mural. Partilhar no mural para me associar à revolta que os franceses estavam a sentir porque enquanto bloguer, desejo ter liberdade de opinião em relação aos assuntos que me interessam comentar, independentemente dos visados.

Não substitui a fotografia do mural porque continuo a ser quem sou - um ser individual como qualquer um de nós. No entanto, conjugar o verbo être (que se utiliza para ser/estar) e afirmar "je suis Charlie" significa que defendo uma liberdade de expressão em todas as direções; significa a condenação do silêncio e a submissão às ideias que quero contrariar; significa querer ser critico, ainda que sarcástico, ao mundo que rodeia.

É certo que se isto não acontecesse meio mundo, como eu, não se lembrava de ser Charlie e é preciso que o pior aconteça para defender aquilo que afinal custa tão caro - a liberdade.

Criticar, debater, desenhar são tudo formas de expressão. Charlie Hebdo criticava sem olhar a quem - não apenas o Islamismo. Dessa forma, não entendo que seja tendencioso. Na sua mira esteve sempre a política, religião a sociedade. As suas publicações em nada se relacionam com o fato da França ter atitudes menos democráticas com algumas minorias - acredito que as tenha. Acredito que exista muito trabalho a fazer na integração. Mas integrar e acolher implica silenciar opiniões como Charlie Hebdo? Ou implica outro trabalho como igualdade de direito para os cidadãos e a possibilidade de viverem segundo as suas tradições, desde que não ponham em causa a vida dos outros?